Dois corpos não ocupam um mesmo lugar, mas um mundo pode estar em mim. E eu digo que um mundo tem estado aqui dentro. E eu digo mais: que simultaneamente há 413 mundos em órbita no meu coração (ou pâncreas).
Primeiro mundo: medo
Um frio flui em mim, ressecando mãos, lábios e âmago. Entendo que não fui feita para isso que chama viver, mas não chego a chorar.
Segundo mundo: fantasia
Minhas mãos se esticam fundo, tocando todo o ar ao meu redor, almejam horizontes. Os ombros doem muito de sonhar. Não há sossego neste pesadelo. Apesar de toda a claridade e beleza.
Terceiro mundo: dúvida
Até que ponto minha consciência deve agir? Quando poderei cantarolar versos inconsequentes que dizem para eu deixar para lá, pois a vida leva?
Quarto mundo: força
Sei do meu valor e confio nas atitudes que tomarei. Estanco os pés no chão, preparada para qualquer movimento vindouro. Uma águia se apodera de meus olhos, para que nada escape.
Quinto mundo: languidez
Deito na cama com os 3 cobertores e me ocupo das texturas. Fecho os olhos e só os abro se for em frestas. Permaneço quente em todos os sentidos.
Sexto mundo: fadiga
Vislumbro o momento em que tudo terá fim, para que não seja mais necessário gastar os músculos. Perco os sentidos e concluo: “nunca houve sentido”. Entristeço gravemente.
Sétimo mundo: luta
Vejo os perigos se movendo, é mesmo um filme de ficção. Preparo as lanças que minhas mãos femininas, tão frágeis quanto fortes, mal sabem usar. Luto como um mestre oriental: movimentos contidos, precisão de samurai. Se ultrapassar o medo de matar e ferir, é possível que eu vença. Por enquanto estou perdendo.
Paro por aqui, porque gosto do sete – como já se sabe.
Primeiro mundo: medo
Um frio flui em mim, ressecando mãos, lábios e âmago. Entendo que não fui feita para isso que chama viver, mas não chego a chorar.
Segundo mundo: fantasia
Minhas mãos se esticam fundo, tocando todo o ar ao meu redor, almejam horizontes. Os ombros doem muito de sonhar. Não há sossego neste pesadelo. Apesar de toda a claridade e beleza.
Terceiro mundo: dúvida
Até que ponto minha consciência deve agir? Quando poderei cantarolar versos inconsequentes que dizem para eu deixar para lá, pois a vida leva?
Quarto mundo: força
Sei do meu valor e confio nas atitudes que tomarei. Estanco os pés no chão, preparada para qualquer movimento vindouro. Uma águia se apodera de meus olhos, para que nada escape.
Quinto mundo: languidez
Deito na cama com os 3 cobertores e me ocupo das texturas. Fecho os olhos e só os abro se for em frestas. Permaneço quente em todos os sentidos.
Sexto mundo: fadiga
Vislumbro o momento em que tudo terá fim, para que não seja mais necessário gastar os músculos. Perco os sentidos e concluo: “nunca houve sentido”. Entristeço gravemente.
Sétimo mundo: luta
Vejo os perigos se movendo, é mesmo um filme de ficção. Preparo as lanças que minhas mãos femininas, tão frágeis quanto fortes, mal sabem usar. Luto como um mestre oriental: movimentos contidos, precisão de samurai. Se ultrapassar o medo de matar e ferir, é possível que eu vença. Por enquanto estou perdendo.
Paro por aqui, porque gosto do sete – como já se sabe.
1º)fui feita para isso que chama viver, choro.
ResponderExcluir2º)há sossego e sonho; pesadelo,não!
3º)já perguntei à minha, não tenho dúvida.
4º)o acaso há de proteger...
5º)a textura é a pele do meu corpo nú;abro os olhos buscando o seu olhar.
6º)tudo começa a fazer sentido.Sigo sorrindo.
7º)desejo, me entrego e confio.
8º)placar final: 1 a 1. Belo jogo!