11 de nov. de 2009

o cão kazacuta

"Um dia era de tarde e vi o tio Joaquim dar banho ao Kazucuta. Um banho de demorar. [...] Lembro o Kazucuta a adorar aquele banho, deve ser porque era um banho sincero, deve ser porque o tio punha devagarinho frases ao Kazucuta, e ele depois ia adormecer. Kazucuta: lembro bem os teus olhos doces a brilhar tipo um mar de sonhos só porque o tio Joaquim – o tio Joaquim silencioso – veio te dar banho de mangueira e te falou palavras tranqüilas num kimbundu assim com cheiros da infância dele."

Trecho do livro Os da minha rua, do escritor angolano Ondajaki.

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