18 de fev. de 2010

Memória 2

Até hoje eu já escrevi 5 poesias que falavam de pele (talvez mais). Uma vez eu fiz um teste de revista que indicava o quanto de feminino e de masculino havia na sua alma. Observe: um teste de revista... Antes de fazer o teste, eu decidi que eu queria que o resultado fosse: "sua alma é mais masculina que feminina, baby". Curioso... eu nem queria um equilíbrio, queria ser mais masculina. Daí que tinha várias perguntas e uma delas era: "qual a sua textura preferida?" E quatro opções: papel, pele, e não sei o que mais. Fiquei em dúvida, e marquei pele. Daí veio a resposta: gostar de pele era muito feminino. Fiquei indignada. Eu queria o masculino. O masculino. O mundo.
Claro que isso foi há muitos anos, hoje, além de todos os beijos e carícias de que sou capaz, toques, eu faria pandeiros com as peles de muitos homens e diria: veja que feminino. E não sei bem que porção de mim faria isso.
Mas o fato - e eu me envergonho disso - é que eu tenho muita hesitação toda vez que me vem essa pele na poesia. Essa palavra. Gostaria de não escrever mais sobre o que a pele significa para mim, porque já escrevi muito e porque minha pele já explodiu um dia (já mesmo). Mas tem uma linguagem aí, da pele, que arde, queimadura perigosa de muitos graus. E, caso um dia eu tenha um leitor assíduo, peço desculpas pela repetição, necessária por ora.

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