21 de abr. de 2010

óculos do amor


Estudos sobre o romantismo - parte IV
(ou melhor, contra o romantismo. certo romantismo.)

"Wilhelm, que seria do nosso coração em um mundo inteiro sem amor? O mesmo que uma lanterna mágica apagada! Assim que se põe lá uma lâmpada, imagens de todas as cores surgem na tela branca... E mesmo se fosse apenas isso – fantasmas –, ainda assim continuará fazendo a nossa felicidade, sempre que nos postarmos diante deles, como crianças extasiadas..."
(GOETHE. Os sofrimentos do Jovem Werther).




rosarot. from kiinanimation on Vimeo.
com agradecimentos a Vários um (www.quilombo.blogsome.com).

"[...] colocar o vínculo amoroso como o componente crucial para a felicidade humana tem sido fonte de frustrações e de sofrimento. O amor tornou-se o problema do qual se fala à exaustão no divã, sobretudo atualmente: os males do amor, da impossibilidade de amar e ser amado ou de construir relações amorosas estáveis tornaram-se o pivô de boa parte dos estados depressivos atuais e das demandas de psicanálise. Para alguns autores contemporâneos a presença de resquícios dos ideais românticos nos relacionamentos amorosos é umas das causas dos desencontros afetivos do século XXI. Assim como Freud deparou-se na clínica com exigências amorosas impossíveis de se satisfazer, ou seja, as imposições românticas de felicidade ligada a uma completude no amor, também hoje essa questão faz-se presente: o encontro da dita 'alma gêmea' como, se não o único, o mais importante meio de se encontrar a felicidade.

Mas o que é essa configuração amorosa que denominamos romântica e que alguns autores caracterizam como um desejo nostálgico de totalidade?" (José Menezes e Maria Josephina Barros)



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