23 de out. de 2009

tempo tempo tempo tempo

Naquele tempo, eu andava pelo mundo a tomar cervejas, a exercitar o amargo, a vibrar risos metálicos.
Alucinada, agarrava-me a toda qualquer potência de afinidade que me parecia mais ou menos nítida.
Naquele tempo, eu não usava óculos.
Naquele tempo, que é agora, eu já amei porque soube da possibilidade.
Parece confusa esta simplicidade?: reencontrar o amor que não se conhece.
Afirmo.
A separação antes do beijo...
A euforia diluída antes da festa...
Tudo possível.
Afirmo.
Veja: estou selando nossa separação, porque já basta de amor por hoje.
Mas ainda assim, cantarolo, na esperança de estratégia comunicativa de efeito: "num outro tipo de vínculo." Você conhece a canção, não?
Eu disse num outro tipo de vínculo. Atente para o enigma: veja o contrário.
Eu aguardo sua inteligência pois estou com muita sede.

5 comentários:

  1. ...incrível como o tempo nos faz repetir o ciclo, o óculos talvez fosse apenas um detalhe, ou naquele tempo a lente podia não ferir os olhos...

    Resposta negativa: Qto maior a inteligência mais trágica poderá ser a quebra do vínculo!

    Resposta positiva: Inteligência e imaginação são os maiores afrodisíacos, talvez o vinculo não se quebre mais!

    ...ao menos até o fim do ciclo...tanto tempo, pouco tempo, tempo?

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  2. Uau, a resposta negativa faz tanto sentido para mim... (eu sei, eu sei... há algo de prepotência no que estou dizendo).
    Negativismo e prepotência: Será que eu tenho concerto?
    :)

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  3. Espero que não, personagens planos são tão chatos! (:

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Well... vejamos... eu poderia dizer que...
Fiquem à vontade!