26 de jan. de 2011

minhas férias

aqui o mar é calmo e gentil, mesmo sendo mar
cada onda me recebe dizendo frases de amor e delícias à minha perna
é bom receber assim a cada segundo tantas declarações de amor
(e eu que me julguei criatura que pagaria o castigo de nunca mais amar)
em retribuição eu o beijo freneticamente sem me importar com seu sal
não faço teatro porque cansei dos dramas e sinto o peso de te dizer tudo aquilo que você me perguntar
(pode perguntar)
estou me preparando para correr da chuva e me abrigar ao sol ou debaixo do cobertor, como for o caso
meu paladar saboreia o que eu julgava só existir na outra borda do equador

e eu posso ver um coqueiro a cada mirada para cima
não insisto em olhar para baixo para poder ver as folhas balançando
e não recuso nenhum mergulho porque respeito a profundidade
aqui ou lá, ou de onde eu vim, continuo estando
aqui mesmo dentro

mim

porque não há fuga - só passeio

2 comentários:

  1. Você vai falando, de um jeito tão calmo, das coisas que há, que elas se reinventam antes de chegar aos olhos dos outros; tomando umas formas diferentes, mas ainda sendo aquelas mesmas coisas, embora mais brilhantes, e enormes, e gostosas, que se encaixam perfeitamente em nossos corações de leitores.
    Estou gestando um blog, fim lhe confessar (será a primeira a saber, quando ele nascer).
    E vim beber no seu.
    Para pegar de volta um pouquinho da força que te dei para você parir o seu. Que está lindo, um menininho arteiro e de bochechas rosadas (ou da cor que a senhorita preferir).
    Bjos e sucesso.
    Marcelo Braga.

    ResponderExcluir

Well... vejamos... eu poderia dizer que...
Fiquem à vontade!