11 de set. de 2010

minhas flores

Houve uma vez que fiquei 5 dias sem regar as plantas. E quase morri de tristeza quando percebi que talvez as veludinhas (como chamo as lindas folhagens de veludo que ficam misturando vermelho e verde no fundo do quintal) talvez não sobrevivessem tamanha era a falta de viço. Reguei muito e em dois dias elas estavam valentes de novo. Agradeci à sorte de manter um pouco mais aquela beleza que nunca me pertenceu mesmo. Prometi regar com rigor, o que não faço. Agradeci ao tempo e sua capacidade de retorno e destruição, e vice-versa. Acreditei que nós, flores e pessoas, precisamos dessa água ou desse amor, que são inconstantes e susceptíveis de ausência. Acreditei também que é nessas belezas e fracassos que a gente pode ao menos um pouquinho se comunicar com o cosmos, pois acredito mesmo que entre eu e ele há sim algo a se dizer - digo antes da morte, pois depois dela a comunicação é mesmo absoluta.
(Ah, essa frase é bem engraçada: o que lá sei eu sobre a morte?)

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